É da Rússia que chegam 30% da ureia, um fertilizante usado no setor do Estado. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), outros produtos que passam pelos portos russos, e são comprados dos países próximos onde ocorre o conflito, também podem aumentar de preço.
"Eu diria que o impacto a curto prazo vai ser a nova alta desses insumos por conta das especulação. Aí vem o frete que paralisa, um monte de problemas diplomáticos. E quem tem esses produtos vai querer ganhar em cima, o que a gente chama de especulação. Não creio que a agricultura vai ser abalada por falta, quem vai ser prejudicado é o consumidor. ", disse o presidente da entidade
Ainda de acordo com a Fiesc, eventuais sanções comerciais contra a Rússia afetariam também a exportação de carne brasileira para o país
De acordo com dados do Observatório Fiesc de 2021, Santa Catarina exportou para a Rússia US$ 101,16 milhões e importou quase o dobro, US$ 194,30 milhões. As transações com a Ucrânia foram menores e chegaram a US$ 5,83 milhões. O preço das importações foram de US$ 27, 18 milhões.
As importações da Rússia responderam por 0,78% das compras do estado no exterior em 2021. Já os embarques são 0,98% das exportações, aponta o relatório da federação catarinense. Em 2021, a Ucrânia representou 0,06% das exportações e 0,11% das importações.
Apesar do comércio de Santa Catarina com a Rússia e com a Ucrânia não representar uma grande fatia no total das exportações e das importações do estado, a volatilidade que o conflito desencadeia mexe com a economia mundial.
Vejas os dados dos países em conflito com SC